“Figurão do Leblão” foi como João Ubaldo se autodenominou, brincalhonamente, quando eu disse que ele é o maior figurão literário com quem já convivi. Claro, temos aí o Prêmio Camões, a Academia Brasileira de Letras, etc etc.
João Ubaldo está com um romance novo: “Albatroz azul”, em suas palavras: “Uma história itaparicana.” O livro já foi entregue há dois meses à Editora Nova Fronteira.
Eu e Ubaldo compartilhamos um tempo em Salvador que ninguém poderia esquecer. Um tempo em que estavam presentes, entre outros, os muito notórios Jorge Amado e Glauber Rocha. A gente convivia com essas pessoas, conversava com elas.
Fico até meio sem jeito de lembrar isso, mas João Ubaldo e eu estreamos juntos, nos anos 60 (éramos crianças, ainda...), numa coletânea chamada “Reunião”, editada pela Universidade da Bahia e com prefácio de Eduardo Portella.
Os outros participantes do livro – cada um com três contos - eram o professor David Salles, que morreu muito jovem, e o jornalista Noênio Spínola.
João Ubaldo, além do imenso talento, na verdade tem dado duro, é preciso reconhecer. Entre outras coisas, passou sete anos em Itaparica, com a família inteira, Berenice e os filhos, para escrever o belo “Viva o povo brasileiro.”
Um dia, naquele tempo, Berenice e João Ubaldo me convidaram para almoçar na casa deles, próxima ao jardim de Itaparica. Depois do almoço, fui com Ubaldo até a biblioteca da cidade, onde ele tinha seu computador instalado, com uma porção de fios pelo chão - e escrevia todo dia, várias horas por dia.
Em seguida, fomos para a Praça da Quitanda, onde João Ubaldo tomava suas cervejas – e onde, agora (estive lá recentemente), fachadas de casas exibem os títulos dos seus livros.
João Ubaldo está com um romance novo: “Albatroz azul”, em suas palavras: “Uma história itaparicana.” O livro já foi entregue há dois meses à Editora Nova Fronteira.
Eu e Ubaldo compartilhamos um tempo em Salvador que ninguém poderia esquecer. Um tempo em que estavam presentes, entre outros, os muito notórios Jorge Amado e Glauber Rocha. A gente convivia com essas pessoas, conversava com elas.
Fico até meio sem jeito de lembrar isso, mas João Ubaldo e eu estreamos juntos, nos anos 60 (éramos crianças, ainda...), numa coletânea chamada “Reunião”, editada pela Universidade da Bahia e com prefácio de Eduardo Portella.
Os outros participantes do livro – cada um com três contos - eram o professor David Salles, que morreu muito jovem, e o jornalista Noênio Spínola.
João Ubaldo, além do imenso talento, na verdade tem dado duro, é preciso reconhecer. Entre outras coisas, passou sete anos em Itaparica, com a família inteira, Berenice e os filhos, para escrever o belo “Viva o povo brasileiro.”
Um dia, naquele tempo, Berenice e João Ubaldo me convidaram para almoçar na casa deles, próxima ao jardim de Itaparica. Depois do almoço, fui com Ubaldo até a biblioteca da cidade, onde ele tinha seu computador instalado, com uma porção de fios pelo chão - e escrevia todo dia, várias horas por dia.
Em seguida, fomos para a Praça da Quitanda, onde João Ubaldo tomava suas cervejas – e onde, agora (estive lá recentemente), fachadas de casas exibem os títulos dos seus livros.
Ubaldo é o mito de Itaparica, seu aniversário figura no calendário de grandes eventos locais.
Breve, todos estaremos lendo o “Albatroz azul.” Tentei, desde já, arrancar alguma coisa de JU sobre o livro, mas não consegui. Só ouvi dele que a história se passa em Itaparica. E ele revelou como se sente, tendo acabado mais uma produção:
- Estou meio lelé do juízo, condição agravada pelo post partum triste que me dá quando termino um livro. Enfim, lá se vai um romance novo, seja o que Deus quiser!
E ele acrescentou, aqui nostalgicamente:
- Será verdade, se você disser que tenho saudade dos bons tempos de “Reunião” e da Bahia, da Rua Chile e das ilusões perdidas.
João Ubaldo me mandou por e-mail um clipe com Aznavour cantando “Hier Encore” e disse que eu podia chorar - ele, mesmo de longe, estaria chorando junto comigo.
Mas, embora eu ame tanto a Bahia daquele tempo, não chorei mais, já chorei de-mais. Só pensei, de repente: pós tudo, ex tudo, mudo.
Parabéns, cara escritora,o blog está ótimo. Vou aparecer sempre por aqui.
ResponderExcluirAcabo de adaptar um conto seu - NA PENUMBRA - para um grupo de estudantes. Eles vão entrar em contato com você. Vão pedir autorização de exibição da obra e convidá-la para a pré-estréia em Itabuna.
Abraços,
Antonio Naud Júnior