quarta-feira, 9 de setembro de 2009

FARACO E QUIROGA, PARA QUEM GOSTA DE CONTO

Sérgio Faraco


Gostei muito de figurar no “Decálogo de um perfeito contista,” que saiu recentemente pela editora L&PM, organizado pelo premiado Sérgio Faraco e por Vera Moreira. O livro traz um debate entre contistas e intelectuais brasileiros em torno dos preceitos do uruguaio Horacio Quiroga.
Autor exclusivamente de contos, geralmente em torno de eventos fantásticos e macabros, na linha de Edgard Allan Poe, Quiroga (1879-1937) gostava de teorizar sobre sua prática.
Ele estabeleceu normas em torno do gênero em seu “Manual do perfeito contista”, de 1925, e em “Os truques do perfeito contista”, do mesmo ano. E criou e publicou, em 1927, na revista argentina “Babel”, seu “Decálogo do perfeito contista.”
Outro mestre do conto, o gaúcho Sérgio Faraco (um dos integrantes da famosa antologia do professor Ítalo Moriconi, “Os cem melhores contos brasileiros do século”), de parceria com Vera Moreira, partiram desse decálogo para criar o livro com comentários sobre as norma estabelecida por Horacio Quiroga.
Edição bonita e bem cuidada, o livro da L&PM interessa ao público em geral, a todos os que gostam do conto, a professores de literatura e, às pessoas ligadas às oficinas de criação literária.
Eu figuro neste livro, comentando cada item do decálogo, junto com gente muito boa, como Aldyr Garcia Schlee, Charles Kiefer, Cíntia Moscovich, Deonísio da Silva, Fábio Lucas, Flávio Moreira da Costa, Hélio Pólvora, Jacob Klintowitz, Jaime Prado Gouvêa, José Castello, Luís Augusto Fischer, Luiz Antonio de Assis Brasil, Marcelo Backes, Miguel Sanches Neto, Moacyr Scliar, Nelson de Oliveira, Paulo Hecker Filho, Roberto Gomes e Silveira de Souza. De mulher, somos apenas eu e a Cíntia Moscovich, mas valemos por muitas, não é, Cíntia?

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