Pedi uma explicação simples e Pedro explicou:
O Poema-Postal foi minha opção pela poesia de vanguarda, que ainda era forte no final dos anos 60. Lançado em fevereiro de 1970, era uma fusão dos experimentalismos anteriores, como o poema concreto e o poema/processo.
Minha inovação foi retirar o poema do livro e colocá-lo num cartão, como um postal comum.
O objetivo era conferir autonomia ao poema e facilitar sua divulgação pelo mundo, através do correio. Não era ainda a época do computador.
E hoje, com a internet, tornou-se mesmo uma prática universal – a única forma de poesia experimental ainda em vigor. E muito fortalecido pela mídia eletrônica.
A idéia do Poema-Postal surgiu por acaso, de repente. Estava visualizando um poeta concreto do meu amigo Horácio Didimo.
O Poema-Postal foi minha opção pela poesia de vanguarda, que ainda era forte no final dos anos 60. Lançado em fevereiro de 1970, era uma fusão dos experimentalismos anteriores, como o poema concreto e o poema/processo.
Minha inovação foi retirar o poema do livro e colocá-lo num cartão, como um postal comum.
O objetivo era conferir autonomia ao poema e facilitar sua divulgação pelo mundo, através do correio. Não era ainda a época do computador.
E hoje, com a internet, tornou-se mesmo uma prática universal – a única forma de poesia experimental ainda em vigor. E muito fortalecido pela mídia eletrônica.
A idéia do Poema-Postal surgiu por acaso, de repente. Estava visualizando um poeta concreto do meu amigo Horácio Didimo.
VIE*NAM
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e, de súbito, ocorreu-me acrescentar a ele um fundo vermelho, de sangue, e dispersar a letra t por cima, fundindo a “imagem visual” dos solados com a “imagem sonora” dos disparos.
E assim surgiu o primeiro Poema-Postal, que o “Jornal de Letras”, onde fiz o lançamento, publicou em sua primeira página.
Mas a ditadura não gostou e censurou no correio: mandei-o para uns amigos e ninguém recebeu. Fiquei um pouco desanimado, mas a reportagem do JL tinha sido vista por muita gente e a coisa pegou.
Depois, fiz vários outros, inclusive em Lisboa e Paris, em minhas temporadas européias, e agora volto com uma série de 61 novos Poemas-Postais, extraídos do meu livro “Argumento – Poe’m’ythos globais”, de 2006.
Estes não são textos experimentais: são fragmentos selecionados, discursivos mesmo. É que, tendo visto tanta coisa colocada no postal (quadros, esculturas, fotos, desenhos, frases etc) deduzi que podia colocar também o poema comum, desde que breve.
O resultado está aí – e pretendo fazer o mesmo com versos de outros livros meus.
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e, de súbito, ocorreu-me acrescentar a ele um fundo vermelho, de sangue, e dispersar a letra t por cima, fundindo a “imagem visual” dos solados com a “imagem sonora” dos disparos.
E assim surgiu o primeiro Poema-Postal, que o “Jornal de Letras”, onde fiz o lançamento, publicou em sua primeira página.
Mas a ditadura não gostou e censurou no correio: mandei-o para uns amigos e ninguém recebeu. Fiquei um pouco desanimado, mas a reportagem do JL tinha sido vista por muita gente e a coisa pegou.
Depois, fiz vários outros, inclusive em Lisboa e Paris, em minhas temporadas européias, e agora volto com uma série de 61 novos Poemas-Postais, extraídos do meu livro “Argumento – Poe’m’ythos globais”, de 2006.
Estes não são textos experimentais: são fragmentos selecionados, discursivos mesmo. É que, tendo visto tanta coisa colocada no postal (quadros, esculturas, fotos, desenhos, frases etc) deduzi que podia colocar também o poema comum, desde que breve.
O resultado está aí – e pretendo fazer o mesmo com versos de outros livros meus.
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