CRISTINA BAHIENSE
O projeto que a artista visual Cristina Bahiense enviou para o Centro Cultural da Justiça Federal foi aprovado e ela exporá seus trabalhos lá no ano que vem.
Cristina foi minha colega em dois cursos teóricos, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage: Teorias da Arte, com Fernando Cocchiarale, e Arte como conhecimento, com Franz Manata.
Cristina participou da primeira e célebre exposição que a chamada Geração Oitenta fez no Parque Lage em 1984, com curadoria de Marcos Lontra.
E continua a trabalhar, agora com peças em 3D, usando acrílico e folha de alumínio. Mas também faz colagens.
Cristina me mostrou fotos de algumas das suas colagens e pedi que me enviasse uma, para o Sidarta. Ela enviou também um dos seus trabalhos em folha de alumínio.
Além de fotos rasgadas e coladas, ela usa, nesta colagem, uma fita do mesmo material, superposta e também colada.
Pergunta a Cristina : Pode dizer algumas palavras sobre seu processo criativo? Como é que você utiliza desenho e colagem?
Resposta: O desenho funciona como um projeto onde o pensamento plástico se estrutura; nas colagens, esse pensamento é executado, mas de forma sempre sempre aberta às novas descobertas. Os materiais industriais que uso, como telas plásticas, tecidos, folhas transparentes em acrílico, etc, dialogam com meu processo criativo, muitas vezes sugerindo os caminhos a tomar.
Alguns dados recentes do currículo de Cristina Bahiense:
2010 - Projeto Zona Oculta – “Entre o público e o privado”.
Coletiva no CEDIM, SESC (Rio)
2009 - Percursos - individual Galeria do Centro Cultural IBEU - RJ.
- Fotolaje – EAV – Projeto Foto Rio 2009
- Construct.com - coletiva do Centro Cultural Candido Mendes - Centro RJ
- Curso de Arte Contemporânea – Fernando Cocchiarale – P.O.P
- Curso Teorias da Arte - Fernando Cocchiarale - EAV
2008 – Superfícies Latinas - individual no SESC Teresópolis – RJ.
- Curso de Arte Contemporânea – Paulo Sérgio Duarte – P.O.P
Passagens e Persistências
2007 – Novíssimos 2007 - Galeria IBEU – Rio de Janeiro.
URÂNIA TOURINHO PERES
Urania com Emilio Rodrigué
Fui colega de escola de Urânia, hoje uma conceituada psicanalista baiana, mas passamos muito tempo sem contato. Recentemente, nos reaproximamos. E verifiquei que ela continua em plena ação, muito jovem.
Não era nada comum, para as moças da nossa geração, apostar com tanto empenho numa atividade profissional. Mas Urânia fez isso – e o resultado é uma atuação profissional competente e reconhecida, que inclui a organização de seminários, palestras em várias cidades e a publicação de diversos livros.
Urânia me deu alguns deles. “Frida Kahlo: dor e arte” (Colégio de Psicanálise da Bahia, Coleção Memorar), reune artigos sobre a saga de sofrimentos de Frida, sob a ótica psicanalítica. Outro, “Depressão e melancolia”, da série “Psicanálise passo a passo”, da Editora Zahar, aborda de forma bem pessoal o tema indicado pelo título.
Ela organizou também um livro com ensaios sobre seu grande amigo, o psicanalista argentino Emilio Rodrigué, que foi morar em Salvador e lá teve uma atuação muito admirada e influente.
Rodrigué morreu há poucos anos.
Diz Urânia, em depoimento sobre ele:
“O destino trouxe Emilio à Bahia, onde viveu o período de maior riqueza afetiva e intelectual. Ele disse: ‘Acho que a Bahia me tornou um homem notável e estou pensando em termos de sabedoria. Foi aqui que, seguindo o Eclesiastes, começou a hora da colheita. A Bahia foi o tempo de colher os frutos’. Emilio amou Salvador-Bahia como poucos amantes sabem fazê-lo: intensa e fielmente. Para ele, a sua vida dividiu-se entre um antes e um depois, e ele confessou que um sussurro vindo da boca do mar de Ondina disse-lhe: ‘Fique aqui!’ E ele ficou.”
Urânia é casada com o poeta Fernando da Rocha Peres, membro da famosa Geração Mapa, que incluiu, entre outros, o cineasta Glauber Rocha.
SONIA PEÇANHA
Penso sempre em Sonia Peçanha com carinho especial porque, alguns anos atrás, ela foi minha aluna numa oficina literária, de curta duração.
Sonia, junto com Alexandre Brandão, Cristina Zarur, Marilena Moraes, Miriam Mambrini, Nilma Lacerda e Vânia Osório estão em “Amores vagos”, recém-lançada coletânea de contos.
O livro é uma celebração. Antes de mais nada, da própria literatura. Mas também dos 25 anos de um grupo de criação literária formado pelos autores, o “Estilingues”. http://estilingues.wordpress.com/
A orelha de “Amores vagos” é de Luiz Ruffatto, que diz: ...“Desse encontro... nasceu uma grande amizade, edificada em interesses comuns e admiração mútua. Vencendo as vicissitudes dos dias – e foram tempos difíceis, e foram tempos complicados -, eles mantiveram-se unidos e lá se vão 25 anos! Em 1991, publicaram ‘A palavra em construção’, a primeira coletânea a reunir os contos do grupo, do qual ‘Amores vagos’ é desdobramento e coroamento. O leitor perceberá, neste livro, que, embora não necessariamente comunguem ideias estéticas (afinal, distante está a época das ‘profissões de fé’), podemos detectar alguns procedimentos convergentes, como a preponderância do espaço urbano, o realismo da narrativa, a linguagem coloquial. ‘Amores vagos’, enfim, é uma declaração de princípios, que tem como corolário a reafirmação da literatura e a reafirmação da amizade num mundo que vem refutando uma e menosprezando a outra. E é também um convite: um convite para que nós, leitores, partilhemos esse momento de trégua e reflexão.’” O volume, de 141 páginas, foi publicado pela Editora Alternativa, de Niteroi.
Não era nada comum, para as moças da nossa geração, apostar com tanto empenho numa atividade profissional. Mas Urânia fez isso – e o resultado é uma atuação profissional competente e reconhecida, que inclui a organização de seminários, palestras em várias cidades e a publicação de diversos livros.
Urânia me deu alguns deles. “Frida Kahlo: dor e arte” (Colégio de Psicanálise da Bahia, Coleção Memorar), reune artigos sobre a saga de sofrimentos de Frida, sob a ótica psicanalítica. Outro, “Depressão e melancolia”, da série “Psicanálise passo a passo”, da Editora Zahar, aborda de forma bem pessoal o tema indicado pelo título.
Ela organizou também um livro com ensaios sobre seu grande amigo, o psicanalista argentino Emilio Rodrigué, que foi morar em Salvador e lá teve uma atuação muito admirada e influente.
Rodrigué morreu há poucos anos.
Diz Urânia, em depoimento sobre ele:
“O destino trouxe Emilio à Bahia, onde viveu o período de maior riqueza afetiva e intelectual. Ele disse: ‘Acho que a Bahia me tornou um homem notável e estou pensando em termos de sabedoria. Foi aqui que, seguindo o Eclesiastes, começou a hora da colheita. A Bahia foi o tempo de colher os frutos’. Emilio amou Salvador-Bahia como poucos amantes sabem fazê-lo: intensa e fielmente. Para ele, a sua vida dividiu-se entre um antes e um depois, e ele confessou que um sussurro vindo da boca do mar de Ondina disse-lhe: ‘Fique aqui!’ E ele ficou.”
Urânia é casada com o poeta Fernando da Rocha Peres, membro da famosa Geração Mapa, que incluiu, entre outros, o cineasta Glauber Rocha.
SONIA PEÇANHA
Penso sempre em Sonia Peçanha com carinho especial porque, alguns anos atrás, ela foi minha aluna numa oficina literária, de curta duração.
Sonia, junto com Alexandre Brandão, Cristina Zarur, Marilena Moraes, Miriam Mambrini, Nilma Lacerda e Vânia Osório estão em “Amores vagos”, recém-lançada coletânea de contos.
O livro é uma celebração. Antes de mais nada, da própria literatura. Mas também dos 25 anos de um grupo de criação literária formado pelos autores, o “Estilingues”. http://estilingues.wordpress.com/
A orelha de “Amores vagos” é de Luiz Ruffatto, que diz: ...“Desse encontro... nasceu uma grande amizade, edificada em interesses comuns e admiração mútua. Vencendo as vicissitudes dos dias – e foram tempos difíceis, e foram tempos complicados -, eles mantiveram-se unidos e lá se vão 25 anos! Em 1991, publicaram ‘A palavra em construção’, a primeira coletânea a reunir os contos do grupo, do qual ‘Amores vagos’ é desdobramento e coroamento. O leitor perceberá, neste livro, que, embora não necessariamente comunguem ideias estéticas (afinal, distante está a época das ‘profissões de fé’), podemos detectar alguns procedimentos convergentes, como a preponderância do espaço urbano, o realismo da narrativa, a linguagem coloquial. ‘Amores vagos’, enfim, é uma declaração de princípios, que tem como corolário a reafirmação da literatura e a reafirmação da amizade num mundo que vem refutando uma e menosprezando a outra. E é também um convite: um convite para que nós, leitores, partilhemos esse momento de trégua e reflexão.’” O volume, de 141 páginas, foi publicado pela Editora Alternativa, de Niteroi.
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